Awen vem do galês arcaico e significa mais ou menos "espírito que flui através de vós e nos inspira". Você já deve ter tido uma sensação diferente ao ver uma pintura, ouvir uma música ou simplesmente observar o por do sol e toda a profusão de cores que ele revela, você se sente totalmente completo por essa sensação e naquele momento você se sente inspirado, isso é Awen. O encontro do seu espírito com o espírito do mundo, esse espírito flui através de você, o inspira e você o devolve através do seu próprio espírito.
Observe o ato de respirar, você inspira, absorve a energia necessária para a vida e expira, devolvendo ao mundo, em um eterno ciclo. Isso acontece com tudo. Segundo Claudio Crow Quintino (Março de 2007) em seu blog:
A Awen é a chave do druidismo: a busca do druidismo por uma vida melhor passa pela compreensão de que tudo o que fazemos, todos os nossos gestos e palavras, são como “sinapses” que tocam e transformam o mundo à nossa volta.
Termino esse primeiro post com um poema muito bonito.
Awen
As brumas se abrem novamente... ouço o cântico dos pássaros nas florestas como outrora;
As Dríades saúdam a chegada de mais um novo ciclo.
As estrelas emitem uma luz singular e contínua...
Os pássaros gorjeiam a sinfonia de novos tempos...
Os Deuses em conclave oculto tomam nova decisão;
tecem novas veredas para a andarilha noturna.
A nudez não mais,
Nem a vergonha do abandono.
Lágrimas não mais....
Não importam as cicatrizes das batalhas, mas a honra de se ter lutado, mesmo que sangrando.
Esse é o espírito grandioso e invencível, a Alma de Tudo.
Está acima de todas as verdades.
É a inspiração dos bardos, os passos do guerreiro aprendiz,
a iluminação que toca com suavidade e doçura
a mão das parteiras na concepção sagrada entre vilarejos.
Conduz a palavra do Sacerdote e a sentença do Juiz.
O orgulho de pertencer à uma tribo de honra e valor,
que subsiste aos ataques dos inimigos com ousadia e sabedoria,
entre as brumas dos portais que só uns poucos têm resguardado acesso.
A certeza de que em cada aurora, o orvalho molha nossos campos, trazendo frescor e renovação às nossas terras.
E em cada roda, a colheita é farta e próspera, graças às bênçãos de nossos Deuses.
Assim, hoje e sempre, mais uma vez entre outras vezes, está o selo que nos certifica de quem somos e o que trazemos em nosso sangue, em nossa memória... em nossas almas imortais. Janaína Borges de Oliveira
Hum!!!! Amei a ideia de um blog celta.... vc ta de parabens pelo forum e pela iniciativa... sugiro que vc poste sobre deuses e deusas celtas, gauleses, etc..... bjs!!
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